Introdução
Muitos de nós enfrentamos o desafio de conciliar múltiplos créditos, como créditos pessoais, automóveis ou até mesmo cartões de crédito. Cada um desses empréstimos pode gerar uma carga significativa nas nossas finanças pessoais, principalmente quando os prazos de pagamento e as taxas de juro variam de um para outro. A solução para quem deseja simplificar e reduzir as prestações mensais pode passar pela consolidação de créditos. Esta é uma estratégia que permite juntar todas as dívidas em uma só, com a possibilidade de obter melhores condições, seja por meio do crédito consolidado tradicional ou utilizando o crédito multiopções. Neste artigo, vamos explorar as diversas opções para consolidar créditos, analisando casos reais de pessoas que conseguiram poupar consideravelmente e, ao mesmo tempo, aprender como fazer escolhas financeiras mais informadas.
O que é a consolidação de créditos?
A consolidação de créditos é uma solução financeira que permite juntar todas as dívidas de um consumidor em uma só, resultando em uma prestação única, geralmente mais baixa. O objetivo é simplificar a gestão das dívidas e, ao mesmo tempo, conseguir uma redução no valor das prestações mensais. Para consolidar créditos, a pessoa recorre a um novo empréstimo que serve para liquidar os créditos anteriores. A consolidação pode ser feita de várias formas, dependendo do tipo de crédito que se pretende consolidar e das condições que o banco oferece.
Existem várias opções de consolidação, sendo as mais comuns o crédito consolidado tradicional e o crédito multiopções. Cada uma dessas alternativas tem as suas particularidades, vantagens e desvantagens, e o seu uso dependerá das necessidades e da situação financeira de cada pessoa. O importante é garantir que, ao consolidar, se consegue uma melhoria real nas condições de pagamento, com taxas de juro mais baixas e prazos mais adequados à capacidade de pagamento.
Como funciona o crédito consolidado?
O crédito consolidado permite juntar todas as suas dívidas num só empréstimo. Isto significa que, ao invés de pagar várias prestações, o consumidor passa a pagar apenas uma, com um valor mensal fixo. Esta solução é ideal para quem tem várias dívidas e dificuldades em gerir os prazos e valores de cada uma delas. O principal benefício deste tipo de crédito é a possibilidade de obter uma taxa de juro mais baixa do que a média dos créditos anteriores.
No entanto, para recorrer ao crédito consolidado, é necessário que o devedor não tenha prestações em atraso. Caso contrário, a instituição financeira pode recusar o pedido de consolidação ou exigir condições mais rigorosas. Quando o crédito consolidado é solicitado, o banco analisa a situação financeira do cliente e oferece um novo empréstimo, com o qual será possível pagar as dívidas existentes. A soma das dívidas, acrescida de eventuais custos e taxas, será convertida num único valor, com uma prestação mensal inferior à soma das prestações anteriores.
Por exemplo, imagine que tem vários cartões de crédito, com taxas de juro muito elevadas, e um crédito pessoal com uma taxa também alta. A consolidação destes créditos pode permitir-lhe reduzir significativamente o valor que paga todos os meses. O João, por exemplo, conseguiu poupar quase 70% ao consolidar as suas dívidas com um crédito consolidado.
Exemplos reais de poupança com crédito consolidado
Vamos ver como a consolidação de crédito pode ser vantajosa, com um caso real. O João tinha sete cartões de crédito, cuja dívida total ascendia a 22.855 euros. Isto resultava numa prestação mensal de cerca de 1.450 euros. Ao procurar ajuda, conseguiu um crédito consolidado de 23.000 euros, a ser pago em 84 meses (sete anos), com uma Taxa Anual Nominal (TAN) de 13,70%. O resultado? Passou a pagar apenas 442 euros por mês, poupando 1.008 euros em relação ao valor que estava a pagar anteriormente. Ou seja, com o crédito consolidado, o João conseguiu reduzir o valor das suas prestações em quase 70%.
Este exemplo mostra como o crédito consolidado pode ser uma excelente opção para quem tem várias dívidas e procura uma forma de as pagar de maneira mais cómoda e acessível. No entanto, é importante lembrar que, para que a consolidação seja eficaz, deve sempre procurar o melhor crédito e as condições mais vantajosas, considerando o prazo, a taxa de juro e as suas capacidades financeiras.
O que é o crédito multiopções?
Outra opção para consolidar os créditos é o crédito multiopções. Este tipo de crédito é semelhante ao crédito habitação, pois permite fazer uma segunda hipoteca sobre a sua casa, oferecendo-lhe mais financiamento. No entanto, a principal diferença é que o crédito multiopções permite consolidar não só o crédito habitação, mas também outras dívidas, como créditos pessoais e cartões de crédito.
Por ser um crédito hipotecário, as taxas de juro do crédito multiopções são, geralmente, mais baixas do que as de outros tipos de crédito, como os créditos pessoais ou os cartões de crédito. Isto acontece porque, ao dar a sua casa como garantia, o banco assume menos risco, o que se traduz numa taxa de juro mais vantajosa para o cliente. No entanto, ao recorrer a esta opção, é importante ter em mente que está a colocar a sua casa como garantia e que, caso não consiga cumprir com os pagamentos, poderá perder o imóvel.
Como calcular o LTV no crédito multiopções?
Um dos aspetos importantes ao recorrer ao crédito multiopções é o LTV (Loan-to-Value), que é o rácio entre o valor do empréstimo e o valor da sua casa. O LTV é um indicador crucial para determinar o montante que o banco está disposto a emprestar, e, geralmente, os bancos só emprestam até 80% do valor da casa. Este valor pode ser inferior, dependendo das condições do banco e da situação financeira do cliente.
Por exemplo, se a sua casa vale 200.000 euros e ainda deve 120.000 euros ao banco, o LTV máximo permitido será de 80%. Ou seja, o banco pode emprestar até 40.000 euros, além do que já deve. Se o valor da dívida for inferior, como por exemplo 100.000 euros, poderá pedir um empréstimo maior, de até 60.000 euros. É fundamental calcular o LTV antes de solicitar o crédito multiopções para perceber até que ponto é viável obter o financiamento que necessita.
Taxa de esforço e o impacto no crédito multiopções
Outro fator importante ao solicitar um crédito multiopções é a taxa de esforço. O Banco de Portugal estabelece que a soma de todas as prestações de crédito não pode ultrapassar 50% do rendimento mensal. Este limite ajuda a garantir que o cliente não se sobrecarrega com dívidas e pode pagar confortavelmente as suas prestações. Assim, ao pedir o crédito multiopções, o banco vai avaliar a sua taxa de esforço, levando em conta as dívidas existentes e o valor do novo empréstimo.
No exemplo da Ana, a taxa de esforço foi crucial para conseguir consolidar as suas dívidas. Ela tinha um crédito habitação de 62.790 euros, mais um crédito pessoal e dívidas de cartões de crédito. Ao pedir o crédito multiopções, conseguiu renegociar a sua dívida e obter melhores condições. O valor das suas prestações passou a ser mais baixo, permitindo-lhe poupar cerca de 228 euros por mês.
Conclusão
A consolidação de créditos é uma excelente solução para quem tem várias dívidas e pretende simplificar o pagamento mensal, assim como reduzir os custos associados aos juros. Existem várias opções, como o crédito consolidado tradicional e o crédito multiopções, que podem ser utilizadas de acordo com as necessidades de cada pessoa. Embora ambas as soluções possam ser vantajosas, é importante avaliar cuidadosamente a sua situação financeira, as condições oferecidas pelos bancos e os impactos a longo prazo.
Se pretende consolidar os seus créditos, a ajuda de um consultor financeiro como o PoupaDinheiroPT pode ser valiosa para garantir que toma as melhores decisões. Lembre-se de que a consolidação de créditos pode permitir-lhe poupar, mas deve sempre utilizá-la de forma responsável, para evitar novos problemas financeiros no futuro.
Para mais informações, fala com a equipa do PoupaDinheiroPT. Todos os impostos, seja o IS, ou o IMT, ou o IMI, têm um peso grande quando pretendes calcular a prestação de crédito habitação, ou quando solicitas um crédito. Este facto é importante saber quando calculas a prestação do imóvel a pagar. Qualquer questão, fala connosco.
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