Seguro de vida resgatável vs. tradicional: Qual a diferença? - Poupa Dinheiro

Introdução

Neste artigo, vamos explorar as diferenças entre o seguro de vida resgatável e o seguro de vida tradicional, as suas características e vantagens, e explicar de que forma este tipo de seguro pode ser uma excelente opção para quem deseja juntar proteção e poupança. Vamos também analisar os benefícios fiscais que podem estar associados aos seguros de vida resgatáveis e a importância de escolher a apólice mais adequada às suas necessidades.

Introdução

Os seguros de vida têm um papel importante na proteção financeira das famílias, oferecendo segurança em situações imprevistas, como morte ou invalidez. Contudo, com o avanço do mercado de seguros, surgiram opções mais flexíveis e vantajosas para quem procura, além da proteção, uma forma de poupança. É aqui que entra o seguro de vida resgatável, uma modalidade que combina a segurança do seguro de vida tradicional com a possibilidade de resgatar parte do montante investido em caso de necessidade.

O que é um seguro de vida?

O seguro de vida é uma ferramenta financeira que visa garantir a segurança financeira dos seus beneficiários em caso de morte ou invalidez do tomador do seguro. Este tipo de seguro é frequentemente exigido pelos bancos quando se contraem empréstimos, sendo uma medida de proteção para garantir que as prestações do crédito possam ser pagas mesmo na ausência do tomador.

Além disso, muitos optam por contratar seguros de vida como forma de garantir que a família não ficará desamparada financeiramente no caso de falecimento ou incapacidade de quem provê a família. Nesses casos, o seguro de vida paga uma quantia acordada, chamada de capital seguro, aos beneficiários do seguro.

O mercado de seguros tem-se diversificado e atualmente já é possível encontrar seguros de vida com uma vertente mais voltada para a poupança. É precisamente nesse contexto que surge o seguro de vida resgatável, uma modalidade que oferece não só proteção, mas também uma poupança que pode ser resgatada em determinadas situações.

O que é um seguro de vida resgatável?

O seguro de vida resgatável é uma modalidade que combina a proteção de um seguro de vida tradicional com a possibilidade de poupança. Este tipo de seguro permite que o tomador faça resgates de parte ou de todo o montante investido ao longo do tempo, mesmo que não tenha ocorrido nenhum sinistro.

Os seguros de vida resgatáveis são oferecidos por seguradoras e bancos, e existem em duas modalidades principais:

1. Seguro de vida misto ou com poupança: Este seguro combina uma vertente de proteção em caso de morte ou invalidez com uma componente de poupança, permitindo ao tomador do seguro resgatar uma parte dos prémios pagos se não ocorrerem sinistros.

2. Seguro de capitalização: Este tipo de seguro foca-se apenas na vertente de poupança, não oferecendo proteção em caso de sinistro, mas permitindo ao tomador investir os prémios e obter rentabilidade a longo prazo.

Ambos os tipos de seguro têm as suas vantagens, dependendo das necessidades e objetivos do tomador do seguro. Se procura uma opção que alie proteção e poupança, o seguro de vida misto pode ser o mais adequado. Caso prefira um seguro com foco exclusivo na rentabilidade, o seguro de capitalização pode ser a melhor escolha.

Diferenças entre seguro de vida resgatável e tradicional

As principais diferenças entre um seguro de vida resgatável e um seguro de vida tradicional estão relacionadas com o seu objetivo e a forma como funcionam. Vamos explorar estas diferenças em detalhe.

Objetivo do seguro

O seguro de vida tradicional tem como principal objetivo garantir proteção financeira em caso de morte ou invalidez. Quando ocorre um sinistro, o valor acordado no contrato é pago aos beneficiários, garantindo-lhes a continuidade financeira. Este tipo de seguro não oferece qualquer tipo de retorno ou poupança ao tomador do seguro, sendo um contrato puramente de proteção.

Por outro lado, o seguro de vida resgatável vai mais além, permitindo que o tomador resgate parte ou todo o valor investido, mesmo que não tenha ocorrido nenhum sinistro. Este seguro é, portanto, uma combinação de proteção e poupança, tornando-se uma opção interessante para quem procura uma forma de poupança forçada e ainda deseja ter uma proteção em caso de imprevistos.

Rentabilidade e comissões

Enquanto o seguro de vida tradicional se limita a cobrir riscos, o seguro de vida resgatável inclui uma componente de poupança, que pode gerar rentabilidade ao longo do tempo. No entanto, esta rentabilidade não é garantida e pode variar dependendo das condições do mercado e da seguradora.

Além disso, os seguros de vida resgatáveis costumam ter custos mais elevados do que os seguros tradicionais, devido às comissões associadas à gestão do fundo de poupança. Assim, enquanto o seguro de vida tradicional tem um custo relativamente baixo, o seguro de vida resgatável implica um investimento maior, mas oferece a possibilidade de obter um retorno sobre o valor investido.

Preço e acessibilidade

Os seguros de vida resgatáveis tendem a ser mais caros do que os seguros de vida tradicionais, devido à sua componente de poupança e rentabilidade. Embora o seguro tradicional seja mais acessível, o seguro de vida resgatável pode ser uma escolha vantajosa a longo prazo, caso o tomador deseje criar uma poupança ou complementar a sua reforma, por exemplo.

Como funciona um seguro de vida resgatável?

O funcionamento de um seguro de vida resgatável é bastante simples e pode ser dividido em duas componentes principais: a proteção e a poupança.

Proteção

A componente de proteção de um seguro de vida resgatável é similar à de um seguro de vida tradicional. Ou seja, se o tomador do seguro falecer ou ficar inválido, os beneficiários recebem o valor acordado no contrato. Em alguns casos, a apólice também pode cobrir situações de invalidez total e permanente, como a incapacidade para exercer a profissão.

Poupança

A grande diferença dos seguros de vida resgatáveis está na possibilidade de poupança. Quando o tomador do seguro paga o prémio, este valor é dividido em duas partes:

1. Uma parte do prémio é destinada à cobertura de risco (morte, invalidez);

2. A outra parte é investida num fundo de poupança, que pode gerar rentabilidade ao longo do tempo.

Dependendo do tipo de seguro escolhido, o tomador pode resgatar o valor acumulado no fundo de poupança durante a vigência do contrato, ou apenas após o término do contrato. Existem duas modalidades principais de seguros de vida resgatáveis:

1. Seguro de vida resgatável temporário: Este tipo de seguro tem um prazo definido (10, 15, 20 anos, por exemplo). Após o fim do contrato, o tomador pode fazer o resgate do fundo acumulado.

2. Seguro de vida resgatável vitalício: Neste caso, o contrato não tem um prazo fixo, e o tomador pode resgatar o valor acumulado após cumprir um período de carência.

Coberturas do seguro de vida resgatável

As coberturas de um seguro de vida resgatável variam de acordo com o tipo de apólice contratada. No caso de um seguro de vida misto (com proteção e poupança), as coberturas mais comuns são:

1. Morte: Se o tomador do seguro falecer, os beneficiários recebem o valor acordado no contrato.

2. Invalidez absoluta e definitiva: A invalidez absoluta ocorre quando o segurado fica dependente de uma terceira pessoa para realizar tarefas básicas do dia a dia, como vestir-se ou alimentar-se.

3. Invalidez total e permanente: Neste caso, o segurado fica permanentemente incapaz de exercer a sua profissão, com uma perda de capacidade de trabalho superior a 65%.

4. Capitalização: A componente de poupança do seguro de vida resgatável. Nos seguros de capitalização, esta é a única cobertura disponível.

Além destas coberturas, algumas seguradoras oferecem coberturas extra, como:

  • **Capital diário por hospitalização:** Benefício diário pago em caso de internamento hospitalar.
  • **Cobertura de doenças graves:** Como AVC, cancro ou enfarte, que oferece proteção financeira caso o tomador seja diagnosticado com uma dessas doenças.

Quanto mais coberturas extras forem incluídas na apólice, maior será o prémio a pagar, mas isso pode ser vantajoso para quem deseja uma proteção mais abrangente.

Benefícios fiscais do seguro de vida resgatável

Uma das grandes vantagens dos seguros de vida resgatáveis com componente de poupança é a possibilidade de beneficiar de vantagens fiscais, especialmente em termos de IRS. Embora o rendimento do fundo de poupança seja, por norma, tributado a uma taxa de 28%, existem formas de reduzir essa taxa.

A redução do IRS está associada ao tempo de contrato e ao montante investido. Os benefícios fiscais são aplicáveis a partir do 5.º ano de contrato, e o valor do imposto pode ser reduzido da seguinte forma:

1. Antes do 5.º ano: Não há benefícios fiscais. O rendimento é taxado a 28%.

2. Entre o 5.º e o 8.º ano: A taxa de IRS é reduzida para 22,4%, sendo o imposto aplicado apenas sobre 80% do rendimento.

3. Após o 8.º ano: A taxa de IRS pode ser reduzida para 11,2%, com o imposto a ser aplicado sobre apenas 40% do rendimento.

Estas reduções fiscais tornam o seguro de vida resgatável uma opção interessante para quem pretende acumular poupança ao longo do tempo, beneficiando de um tratamento fiscal mais favorável.

Vale a pena contratar um seguro de vida resgatável?

A decisão de contratar um seguro de vida resgatável depende das suas necessidades e objetivos financeiros. Se o seu principal objetivo é garantir a proteção da sua família em caso de morte ou invalidez, um seguro de vida tradicional pode ser suficiente. No entanto, se procura também uma forma de poupança, o seguro de vida resgatável pode ser uma excelente opção.

A modalidade mista, que combina proteção e poupança, é ideal para quem deseja criar uma almofada financeira para o futuro, sem abrir mão da segurança em caso de imprevistos. Além disso, a possibilidade de resgatar parte do valor investido ao longo do tempo oferece flexibilidade financeira, permitindo que utilize o dinheiro acumulado para diversos fins, como complementar a reforma, pagar despesas imprevistas ou até investir em imóveis.

Por outro lado, se o seu foco for exclusivamente a rentabilidade, pode ser mais vantajoso considerar outras opções de investimento, como os depósitos a prazo ou outros produtos financeiros com taxas de rentabilidade mais elevadas.

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