Taxa mista, fixa ou variável: quais as diferenças?
As taxas mista, fixa e variável têm características distintas, o que pode gerar indecisão na hora de contratar um crédito. Abaixo, explicamos as vantagens e desvantagens de cada tipo, para que possas tomar a melhor decisão.
Taxa mista
A taxa mista tem um período fixo e outro variável. Ou seja, podes ter uma taxa fixa por um tempo e, depois, uma taxa variável. Isso permite aproveitar as vantagens (e riscos) de ambos os tipos de taxa. Por exemplo, podes começar com uma taxa fixa por 5 anos, com prestações constantes, e depois passar para uma taxa variável, ajustada à Euribor após esse período.
Análise de mercado: taxa mista continua a ser a mais contratada
De acordo com dados do ComparaJá, a taxa mista é a mais contratada (93,3%), seguida pela taxa variável (6,1%) e a taxa fixa (0,6%).
Taxa fixa
Com a taxa fixa, o valor do juro permanece constante durante todo o contrato, o que assegura prestações mensais fixas, independentemente da oscilação da Euribor. Embora garanta estabilidade, o custo da prestação é geralmente mais alto, pois as taxas fixas são superiores àquelas indexadas à Euribor.
Taxa variável
Com a taxa variável, o juro varia de acordo com as mudanças da Euribor. Isso significa que a prestação pode aumentar ou diminuir dependendo da taxa Euribor no momento da revisão do crédito (normalmente a cada 3, 6 ou 12 meses). Esta opção é imprevisível, mas pode ser mais vantajosa caso a Euribor caia.
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Taxa mista: quando compensa?
A maioria dos créditos em Portugal aplica a taxa variável devido à Euribor ter sido baixa por um longo período. Contudo, a taxa mista tem se tornado uma opção cada vez mais procurada, especialmente em certos contextos.
1. Duração do crédito: quanto mais longo, maior a proteção da taxa mista em relação à variável
Para créditos de curto prazo, como pessoais ou automóveis, a taxa variável pode ser vantajosa, pois as oscilações da Euribor são menores. Já para créditos mais longos, como o crédito habitação, onde a volatilidade da Euribor é maior, a taxa fixa ou mista oferece mais segurança.
2. Capacidade de abatimento da dívida: pagas mais por abater com a taxa fixa ou mista
Se planeias amortizar antecipadamente a dívida, a taxa fixa ou mista pode ser mais onerosa, pois a comissão por amortização antecipada é mais alta em comparação à taxa variável.
3. Necessidades de capital no curto prazo: a taxa mista oferece mais segurança no início do crédito
A taxa mista é interessante se preferires a previsibilidade financeira no início, com a estabilidade da taxa fixa nos primeiros anos, seguida da variável, ajustada à Euribor.
4. Potencial de renegociação do crédito: a taxa mista pode ser alterada durante o contrato
Poderás renegociar a taxa de juro durante o contrato, desde que haja acordo entre ti e o banco. A taxa mista oferece flexibilidade para adaptar o contrato às tuas necessidades.
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A melhor escolha dependerá da simulação de diferentes cenários. Avalia as condições oferecidas pelas entidades e escolhe a opção que te proporcione maior conforto e segurança.