Simulador Prestação Bancária.
Simulador de Prestação Bancária
Qual a diferença entre taxa fixa, taxa mista e taxa variável? Qual é a melhor para o teu crédito-habitação?
O crédito-habitação continua a ser um dos principais mecanismos financeiros para aquisição de imóveis em Portugal. A escolha do tipo de taxa de juro é um dos pontos cruciais que os clientes devem considerar ao contratar um crédito-habitação. Entre as opções mais comuns, encontram-se a taxa fixa, a taxa mista e a taxa variável, cada uma com as suas características, vantagens e desvantagens. O impacto desta escolha na prestação bancária pode ser substancial ao longo da vida do crédito, afetando tanto o montante a pagar mensalmente como o custo total do financiamento.
Este artigo pretende analisar de forma detalhada as diferenças entre estes três tipos de taxas e como elas afetam as prestações bancárias no crédito-habitação. A análise será feita sob uma perspetiva técnica, com foco em economistas e profissionais bancários, que lidam com estas questões no dia-a-dia e necessitam de compreender profundamente as implicações das diversas opções de taxa de juro.Vê no Simulador Prestação Bancária.
O impacto das taxas de juro no crédito-habitação
A taxa de juro é, sem dúvida, um dos elementos determinantes para o custo total do crédito-habitação. O tipo de taxa de juro aplicável no contrato de crédito tem um efeito direto no valor das prestações mensais, que por sua vez influenciam a capacidade financeira do cliente e a sustentabilidade do crédito. Ao longo do tempo, as variações nas taxas podem resultar em alterações significativas nas condições do empréstimo, principalmente em contextos de elevada volatilidade económica.
As taxas de juro em Portugal para o crédito-habitação podem ser classificadas em três tipos principais: taxa fixa, taxa variável e taxa mista. Cada uma destas opções apresenta características que são mais ou menos adequadas a diferentes perfis de risco e expectativas de evolução económica.Vê no Simulador Prestação Bancária.
Taxa fixa
A taxa fixa é uma das opções mais procuradas por clientes que procuram estabilidade e previsibilidade nas suas prestações mensais. Com uma taxa fixa, o valor da prestação mensal não varia ao longo do tempo, independentemente das alterações das taxas de juro do mercado. Esta estabilidade pode ser vantajosa em cenários de aumento das taxas de juro, pois o cliente sabe exatamente o que terá de pagar durante o período acordado.
No entanto, uma das principais desvantagens da taxa fixa é que, inicialmente, as taxas podem ser mais altas do que as taxas variáveis, uma vez que o banco assume o risco de variação das taxas de juro. Em contrapartida, o cliente beneficia de uma proteção contra flutuações inesperadas nas taxas de juro.Vê no Simulador Prestação Bancária.
Como a taxa fixa afecta a prestação
O cálculo da prestação com uma taxa fixa é relativamente simples. Como o valor da taxa de juro não varia, as prestações mensais são constantes ao longo de todo o contrato. Isto permite ao cliente uma melhor gestão do orçamento familiar, pois não precisa de se preocupar com variações nas prestações.
Um ponto importante a considerar é que, embora as taxas fixas ofereçam segurança, elas podem ser menos vantajosas em períodos de queda das taxas de juro. Se as taxas de juro no mercado diminuírem, o cliente estará preso à sua taxa fixa, o que poderá resultar num custo mais elevado do que se tivesse optado por uma taxa variável.Vê no Simulador Prestação Bancária.
Taxa variável
A taxa variável é o oposto da taxa fixa, pois o seu valor pode alterar ao longo do tempo, dependendo da evolução do mercado financeiro e dos índices de referência, como a Euribor. Este tipo de taxa é mais sensível às flutuações do mercado, o que pode representar tanto uma vantagem como um risco, dependendo da direção dessas variações.
Uma das principais vantagens da taxa variável é que, inicialmente, as taxas de juro podem ser mais baixas do que as das taxas fixas. Em cenários de baixas taxas de juro no mercado, os clientes podem beneficiar de prestações mais reduzidas, o que torna o crédito mais acessível. No entanto, o risco associado à taxa variável é que, se as taxas de juro aumentarem, as prestações também irão aumentar, o que pode tornar o crédito mais caro a longo prazo.Vê no Simulador Prestação Bancária.
Como a taxa variável afecta a prestação
O cálculo da prestação com uma taxa variável depende da variação dos índices de referência. Se a Euribor, por exemplo, aumentar, a taxa de juro aplicada ao crédito também aumentará, refletindo-se numa subida da prestação mensal. Este efeito pode ser mais ou menos pronunciado consoante o momento em que o cliente fez o contrato e as condições económicas do país.
Para clientes com um perfil mais conservador, o risco associado a uma taxa variável pode ser elevado, especialmente se existirem expectativas de aumento das taxas de juro no futuro. Em contrapartida, se as taxas de juro permanecerem baixas ou diminuírem, os clientes podem ver as suas prestações reduzidas, beneficiando de um custo mais baixo do crédito.Vê no Simulador Prestação Bancária.
Taxa mista
A taxa mista é uma combinação das taxas fixa e variável, oferecendo uma solução intermédia para clientes que procuram alguma estabilidade, mas que não desejam abrir mão da flexibilidade oferecida pela taxa variável. Neste tipo de taxa, o contrato é geralmente estruturado com uma taxa fixa durante um período inicial (normalmente entre 3 a 10 anos), após o qual a taxa de juro passa a ser variável.
Este tipo de taxa pode ser vantajoso para clientes que preveem uma situação de taxas de juro baixas nos primeiros anos do crédito, mas que desejam alguma previsibilidade nos primeiros anos do empréstimo. No entanto, o risco associado à taxa mista surge quando o período da taxa fixa termina, pois o cliente passará a estar exposto às flutuações das taxas de juro do mercado.
Como a taxa mista afecta a prestação
Durante o período em que a taxa fixa está em vigor, as prestações serão constantes, como no caso da taxa fixa. No entanto, quando a taxa variável entra em vigor, as prestações podem variar, dependendo das condições de mercado. Este tipo de taxa oferece, assim, uma combinação de previsibilidade e flexibilidade, mas o cliente deve estar preparado para os ajustes das prestações no futuro.Vê no Simulador Prestação Bancária.
Comparação entre as taxas fixa, variável e mista
A comparação entre os três tipos de taxas deve ser feita com base em vários critérios, incluindo o custo total do crédito, a estabilidade das prestações e o risco associado. Embora as taxas fixas ofereçam maior previsibilidade, as taxas variáveis podem ser mais vantajosas em cenários de baixas taxas de juro. Por outro lado, as taxas mistas podem ser uma boa solução para clientes que procuram uma combinação de segurança e flexibilidade.
Custo total do crédito
O custo total do crédito depende diretamente da taxa de juro aplicada e do prazo do empréstimo. Em termos absolutos, o custo total do crédito com taxa fixa tende a ser mais elevado, devido à proteção contra o aumento das taxas de juro no futuro. Já a taxa variável pode ser mais barata no início, mas o risco de aumento das prestações a longo prazo deve ser considerado.
Flexibilidade
A taxa variável oferece maior flexibilidade, pois as prestações podem diminuir se as taxas de juro do mercado caírem. A taxa fixa, por outro lado, é inflexível, pois as prestações permanecem inalteradas ao longo do tempo. A taxa mista combina os benefícios da taxa fixa e variável, mas também introduz uma transição entre os dois tipos de taxa, o que pode ser um fator de incerteza.Vê no Simulador Prestação Bancária.
Conclusão
A escolha entre taxa fixa, variável ou mista no crédito-habitação depende de vários fatores, incluindo o perfil de risco do cliente, as suas expectativas em relação às taxas de juro e a sua capacidade de lidar com flutuações nas prestações mensais. Para economistas e profissionais bancários, é fundamental compreender as implicações a longo prazo de cada tipo de taxa e como elas afetam a sustentabilidade do crédito.
Embora a taxa fixa ofereça estabilidade, a taxa variável pode ser mais vantajosa em cenários de baixas taxas de juro. A taxa mista oferece uma solução intermédia, equilibrando previsibilidade e flexibilidade. A decisão final deve ser tomada com base numa análise cuidadosa das condições económicas, do perfil do cliente e da sua capacidade de adaptação às mudanças no mercado.
Questões comuns
O que é a Taxa Euribor?
A Taxa Euribor (Euro Interbank Offered Rate) representa a taxa média de juros aplicada pelas principais instituições financeiras da Zona Euro para o empréstimo de dinheiro entre elas. A Euribor possui diferentes prazos, que variam desde uma semana até um ano. Estes prazos refletem as taxas de juro que os bancos estão dispostos a pagar ao emprestar dinheiro uns aos outros.
Em Portugal, a Euribor desempenha um papel fundamental na determinação das condições de crédito, sendo utilizada como indexante na Taxa Anual Nominal (TAN) aplicada pelos bancos para concessão de crédito habitação. A TAN é calculada somando a Euribor com o spread definido pelo banco, que é a margem de lucro do banco sobre a taxa de referência.
Além disso, a TAN é ajustada com base nas comissões, despesas, impostos e outros produtos financeiros que podem ser subscritos pelo cliente, como seguros ou fundos de investimento, o que resulta na TAEG (Taxa Anual Efetiva Global). A Euribor tem, assim, um impacto considerável na taxa de juro variável de um crédito habitação.
Quando falamos em taxas de juro variáveis, como a Euribor, a prestação mensal do crédito habitação é susceptível de ser ajustada ao longo do tempo, dependendo da flutuação da taxa. Desde há cerca de três anos, temos observado uma situação única: a Euribor a três meses entrou em território negativo desde abril de 2015, e a Euribor a seis meses seguiu a mesma tendência desde novembro de 2015. Esta última, a de seis meses, continua a ser a mais utilizada nos contratos de crédito habitação, embora nos novos contratos, a Euribor a 12 meses seja a mais comum. Vê o Simulador Prestação Bancária.
Simulador de Prestação: Como Funciona?
No site PoupaDinheiro.PT, disponibilizamos um simulador da Taxa Euribor que permite calcular o impacto desta taxa na tua prestação de crédito habitação. Este simulador simples e eficaz ajuda-te a compreender como as flutuações da Euribor podem afetar o valor da tua prestação mensal. Para usar o simulador, só tens de fornecer algumas informações sobre o teu empréstimo, como:
- Valor do financiamento: O montante de crédito que pediste ao banco.
- Prazo contratado: O período de tempo estabelecido para pagar o teu crédito habitação.
- Mês da 1ª prestação: O mês em que iniciaste o pagamento da tua primeira prestação.
- A Euribor contratada: O tipo de regime de Euribor acordado no teu contrato de crédito habitação.
- Valor do spread: A margem definida pelo banco no teu contrato.
- Orçamento familiar mensal: O rendimento mensal da tua família após as despesas recorrentes.
O simulador também permite comparar diferentes cenários e ajudar-te a identificar qual o regime de Euribor que mais compensa para a tua situação financeira.Vê o Simulador Prestação Bancária.
Como é que a Taxa Euribor Afecta o Crédito Habitação?
A Euribor influencia diretamente a taxa de juro dos créditos habitação, especialmente os contratos com taxa de juro variável. A taxa não é fixa, o que significa que pode variar conforme as condições do mercado, refletindo a média das taxas de juro aplicadas pelos bancos mais ativos na Zona Euro. Esta taxa é revisada de forma diária, o que pode fazer com que o valor da tua prestação mensal flutue ao longo do tempo.
Nos últimos anos, a Euribor tem permanecido em níveis relativamente baixos, o que tem sido benéfico para os portugueses que contratam um crédito habitação com taxa variável. No entanto, especialistas financeiros já haviam alertado que a taxa Euribor poderia aumentar, e, de facto, isso aconteceu.
No último ano, assistimos a uma subida substancial da Euribor, o que tem gerado apreensão nas famílias. Quem tem um crédito habitação com taxa variável verá, provavelmente, a sua prestação aumentar à medida que o contrato for sendo revisto. Esta alteração pode colocar as famílias numa situação financeira mais fragilizada, especialmente aquelas com orçamentos mais apertados.Vê o Simulador Prestação Bancária.
O que Provocou a Subida da Taxa Euribor?
O aumento da Taxa Euribor está intimamente ligado aos efeitos económicos da guerra na Ucrânia. Esta situação gerou uma inflação significativa na Zona Euro, o que levou o Banco Central Europeu (BCE) a adotar uma política monetária mais rigorosa. Para controlar a inflação, o BCE iniciou uma série de aumentos nas taxas de juros, incluindo a Euribor.
A mudança nas políticas monetárias começou a ser anunciada em fevereiro de 2022, quando o BCE indicou que poderia aumentar as taxas. Desde então, a Euribor tem mostrado uma volatilidade crescente. A previsão de subida da Euribor tem-se concretizado, o que, inevitavelmente, resultará em aumentos nas prestações de crédito habitação de milhares de famílias.Vê o Simulador Prestação Bancária.
Como te Defenderes das Subidas da Euribor?
Se sentes o impacto da subida da Euribor e estás preocupado com o aumento da tua prestação de crédito habitação, não te preocupes, há várias estratégias que podes adotar para mitigar o impacto na tua saúde financeira:
- Renegociar o spread: Podes tentar renegociar o spread com o banco para reduzir o impacto da subida da Euribor.
- Mudar o crédito para taxa fixa: Se preferires mais previsibilidade, podes considerar a possibilidade de mudar para uma taxa fixa, onde a tua prestação mensal não será afetada pelas flutuações da Euribor.
- Rever o seguro de vida: O seguro de vida pode ser uma forma de otimizar os teus custos e melhorar a tua situação financeira.
- Transferir o crédito: Transferir o teu crédito habitação para outro banco com condições mais vantajosas pode ser uma solução para reduzir a tua prestação mensal.
- Amortizar parte da dívida: Se possível, amortizar uma parte da dívida pode diminuir o valor total do crédito e, consequentemente, reduzir a prestação.
- Fazer uma consolidação de créditos: Se tiveres outros créditos, consolidá-los num único empréstimo pode ajudar a simplificar a gestão da dívida e até a reduzir os encargos mensais.
Vê mais aqui neste artigo como reduzir o impacto das subidas da Euribor.
Questões?
Para mais informações, fala com a equipa do PoupaDinheiroPT.
Todos os impostos, seja o Imposto de Selo, ou o IMT, ou o IMI, têm um peso grande quando pretendes calcular a prestação de crédito habitação, ou quando solicitas um crédito-habitação. Este facto é importante saber quando calculas a prestação do imóvel a pagar.
Qualquer questão, fala connosco.